Justiça?
Ultimamente, tenho pensado no conceito de "justiça". Quer dizer, não de forma técnica, mas em como ele se mostra para mim.
Para mim, coisas injustas geram raiva. E é essa raiva concentrada que eu quero escoar. Preciso dar vazão de alguma forma para isso. Essa raiva corre nas minhas veias. Me deixa com vontade de entrar num "Clube da Luta", se ele existisse. Me dá vontade de dar e levar porrada. E não há muito sentido nisso, visto que sou uma pessoa de temperamento completamente dócil. Mas a injustiça tem me tornado violenta. Há uma violência em mim que vejo tomar forma a cada dia. Não a conheço bem. Mas ela está lá. E as músicas com batidas mais pesadas de repente começam a fazer sentido. E certos tons de voz. E certos modos de ser.
Às vezes, penso nas situações pelas quais passei e quero, mesmo, justiça. E penso que não só para mim. Sinto que são tantos os acovardados neste mundo, ou melhor, grande parte das pessoas nem sabe que está sendo injustiçada que, de alguma forma, essa minha raiva e gana serve a eles também. Fazendo por mim, faço por eles. É uma espécie de altruísmo egoísta. Não sei. Mas eu sei que quando a gente se movimenta, as coisas se movimentam também.
Sou corajosa, isso não veio por acaso. Sou e me faço corajosa. E não me esquivaria do soco, se ele viesse. E não aceito que caguem na minha cabeça, "pois nem tudo que cai do céu é sagrado". Enfim, "nunca tenha medo do seu inimigo quando não é você que começar a brigar". Eu nunca começo. Mas, de fato, não tenho medo. Foda-se.
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