ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb
Sou filha de dois bichos de sete cabeças. Isso me torna o quê? Eu só tenho uma. Mas talvez com sete abas abertas ao mesmo tempo, isso talvez justifique a ansiedade. É muita aba pra um coração só. E pra um estômago só. Às vezes, fico paralisada. Travo, né? Às vezes, funciono bem que só vendo: Google Chrome. Mas todas as abas são boas, lhe juro. Só se confundem. Assuntos variados. Cabeça desvairada. Doida, doida, doida.
Na minha família fictícia, sou neta da Maria da Conceição Tavares. Eu não falo que nem ela, nem um pouco. Dou muita risada à toa, sou espontânea e quando falam muito sério comigo, pelo menos de um jeito empostado demais, não sei lidar. Acho estranho. Além disso, não sou agressiva na fala, a não ser que me ferrem pesado. Aí, sou uma bomba e não me Kahlo e, entramos na minha tia, a Frida. E no meu tio, Raul Seixas. Dois cancerianos com ascendente em leão. Intensos. Doidos, doidos, doidos. Sofridos. Mas belezas, quantas belezas!
Além disso, também sou neta do Gilberto Gil, que faz aniversário no mesmo dia que eu. Dele, peguei a serenidade. O gosto por pensar coisas grandes. Coisas imensas. O esoterismo. 100% esotérica assim, que nem meu vovô.
Quando, em meu saudoso apê verde & rosa, falei pra Rafa:
"Aqui na minha república apê verde & rosa, temos todos nomes de doce. Qual é o seu?"
"Camafeu!"
"E o meu?"
"Bomba de morango!"
Fiquei espantada. Esse doce nem existe. E perguntei o porquê.
"Fofa e agressiva", respondeu.
Aí eu fale:i "Cherry bomb, então?" e ela "Pode ser".
É isso: "ch-ch-ch-ch-ch-cherry bomb!".
Doce. Doce. Doce que até arde a garganta.
Ou senão uma máquina de jogar bosta no ventilador. Palavras cortantes. Graciliano Ramos. Kamikaze. Sem medo do perigo. "Eu quero ser o C. Tangana mulher": e "pa' esa puta mierda ya no tengo tiempo".
É isso. Sou meio assim. Pelo menos agora.
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